Discurso é a maneira como os personagens se expressam dentro do texto narrativo.
São três as formas de se apresentar a fala dos personagens:
– Como?... Não te entendo!
– Peri, selvagem, é o primeiro dos teus; só tem uma lei, uma religião, é sua senhora; Peri, cristão, será o último dos teus; será um escravo, e não poderá defender-te.
– Um escravo!... Não! Será um amigo. Eu te juro! Exclamou a menina com vivacidade.” (José de Alencar)[1]
b) discurso indireto: o narrador da história é que diz o que os personagens estão falando, ou seja, indiretamente os personagens conversam.
Não tossia; apenas, de quando em quando, o esforço convulsivo para arrevassar os pulmões desfeitos sacudia-lhe o corpo e arrancava-lhe da garganta uma ronqueira lúgubre, que lembrava o arrulhar ominoso dos pombos.
(...)
O médico recomendara que lhe dessem todo o ar possível e lhe fizessem beber de espaço a espaço uma porção do calmante que receitara. Uma lamparina de azeite fazia tremer a sua miserável chama e cuspia óleo quente. Havia um cheiro enjoativo de moléstia e desasseio.” (Aluísio Azevedo)[2]
c) discurso indireto livre: é uma mistura dos dois tipos anteriores, pelo qual o personagem fala por si próprio sem marcação alguma disso, ou seja, a fala do personagem se mistura à narrativa.
“Lóri estava suavemente espantada. Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta. Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade. Ela se despediu de Ulisses quase correndo: ele era o perigo.” (Clarice Lispector)[3]
Um comentário:
professor... Xou a aula ontem.
Mas... depois de conhecer até Billy Zane... vc perdeu pontos com alunos cinéfilos:
Christy Dustin, não! hahahah
Kirsten Dunst deve ter sentido um tremelique [?] na hora.. onde quer que ela estivesse.
Parabéns pelas excelentes aulas!!
Abraços para o garoto rebelde, Childerico.
Sérgio Harger - Joinville/SC
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