sábado, 9 de julho de 2005

Letras Bagunçadas

De aorcdo com uma pqsieusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as lrteas
de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne
é que a piremria e útmlia lrteas
etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uma
ttaol bçguana que vcoê pdoe
anida ler sem pobrlmeas.
Itso ocrroe poqrue nós não
lmeos cdaa lrtea isladoa,
mas a plravaa cmoo um tdoo.

Meu criado-mudo (antigo, na outra casa!)

O nome diz tudo!



Ana Lisa - Psicanalista

P. Lúcia - Fabricante de Bichinhos

Pinto Souto - Fabricante de Cuecas

Marcos Dias - Fabricante de Calendário

Olavo Pires - Balconista de Lanchonete

Décio Machado - Guarda Florestal

H. Lopes - Professor de Hipismo

Oscar Romeu - Dono de Concessionária

Hélvio Lino - Professor de Música

K. Godói - Médico especialista em hemorróidas

Alberta Alceu Pinto - Garota de Programa

H. Romeu Pinto - Garoto de Programa

Eudes Penteado - Cabeleireiro

Sara Vaz - Mãe de Santo

Passos Dias Aguiar - Instrutor de Auto-escola

Édson Fortes - Baterista

Sara Dores da Costa - Reumatologista

Jamil Jonas Costa - Urologista

Iná Lemos - Pneumologista

Ester Elisa - Enfermeira

Ema Thomas Traumatologista

Malta Aquino Pinto - Médico especialista em doenças venéreas

Inácio Filho - Obstetra

Oscar A. Melo - Confeiteiro

MUDANÇAS DE NOMES

ooooo

GENERALIDADES
Biológicas


As mudanças - Dezessete exemplos de partes do corpo humano que os anatomistas mudam o nome
1De: corpo pineal - Para: glândula pinealAntes se usavam os dois nomes porque havia dúvidas se era mesmo uma glândula. estudos comprovoram que é.
2De: osso malar - Para: osso zigomáticoMalar vem do nome popular maçã do rosto. Prefiriu-se agora o nome científico zigoma.
3De: pomo-de-adão - Para: proeminência laríngeaAo contrário do que o nome dava a entender, essa proeminência existe em homens e mulheres. Pomo significa um tipo de fruta polpuda, como a maçã. Passou a designar esse caroço porque se dizia que um pedaço da maçã do pecado original ficou engasgado no pescoço de Adão e seus descendentes.
4De: artéria mamária interna - Para: artéria torácica internaEssa artéria dá ramos para para a mama, mas também irriga outros órgãos. Optou-se, então. por um nome genérico.
5De: aparelho digestivo - Para: sistema digestórioAparelho é a soma de dois ou mais sistemas. Na digestão, há apenas um envolvido. digestivo significa que facilita a digestão. O certo é digestório, onde se dá a digestão.
6De: trompa de Falópio - Para: tuba uterinaTuba é uma descrição mais próxima da realidade anatômica do que trompa, inspirada no instrumento musical. O nome do cientista que a descreveu é substituído pela localização.
7canal analÉ um órgão novo. Antes era tratado apenas como a porção final do reto. Mas como tem morfologia e fisiologia diferentes, decidiu-se considerá-lo como órgão.
8sistema imunitárioNão existia. Foi incluído porque estudos da imunologia avançaram tanto que comprovaram tratar-se de um sistema.
9De: tendão de Aquiles - Para: tendão calcânioA mitologia foi trocada pelo cientificismo. Calcânio é o osso ao qual o tendão se prende.
10De: perônio - Para: fíbulaPerônio é o diminuitivo de peroné, que em francês quer dizer cravelha, o botão que ajusta as cordas do violino. Nenhuma relação com o osso. Fíbula significa união. E a fíbula une a parte superior com a inferior da tíbia.
11De: rótula - Para: patelaRótula em latim significa rodinha. Patela, disco chato. O novo nome corresponde melhor ao formato do osso.
12De: válvula ileocecal - Para: papila ilealO órgão que fica na passagem do intestino delgado para o grosso não se parece e não tem a função de válvula. ficou paipila porque se parece com os mamilos e ileal para precisar melhor a localização.
13De: cúbito - Para: ulnaTinha esse nome porque cúbito quer dizer cotovelo, e o osso sai do dedo mínimo e vai atéo cotovelo. Mas não é o único que chega até lá. O rádio também.
14De: músculo cucular - Para: músculo trapézioO nome antigo é inspirado no capuz (cuculo, em latim) usado pelos frades. O capuz caído sobre as costas delineia o formato do músculo. Tamanha imaginação foi preterida pela simplicidade de trapézio.
15De: amigdala - Para: tonsila palatinaAntes havia duas amigdalas. Agora, amigdalas é apenas um órgão do sistema nervoso. A da garganta mudou de nome.
16De: osso maxilar inferior e maxilar superior - Para: mandíbula e maxilaEra errado considerar a mandíbula como maxilar inferior.
17De: trompa de Eustáquio - Para: tuba auditivaMesmo motivo da tuba uterina.
O corpo rebatizadoO novo dicionário de anatomia, acaba com a confusão de nomes dos órgãos humanosUm seleto grupo de 21 cientistas trabalha em silêncio na esperança de que em breve ninguém mais fale em operação de amígdala. Eles torcem para que os jogadores de futebol deixem de sofrer por machucar a rótula e pretendem que a esterilização de mulheres não seja mais feita com a laqueadura das trompas de Falópio.Os 21 anatomistas que formam o Comitê Federativo de Terminologia Anatômica estudam mudanças nos nomes dessas e de outras partes do corpo humano. Eles foram eleitos por colegas de mais de trinta países para elaborar uma nova terminologia anatômica. A listagem vai substituir a atual, de 1980, desatualizada e, pior, não aceita em diversos lugares. "Nosso desafio está sendo elaborar uma nomenclatura que seja usada universalmente", afirma o professor doutor brasileiro Liberato John DiDio, secretário-geral do comitê.O desafio é mesmo difícil. Desde 1895, quando foi aprovada a primeira nomenclatura oficial, os anatomistas buscam um consenso. A lista original já foi revisada, ampliada e modificada quatro vezes. Nos congressos internacionais, selam-se compromissos de assumir a padronização, e mesmo assim os nomes variados para os mesmos órgãos continuam. O corpo humano precisa de cerca de 6 000 nomes para que todas as suas partes macroscópicas sejam descritas. "Desta vez, estamos fazendo uma revisão profunda e a intenção é padronizar", diz José Carlos Prates, da Universidade Federal de São Paulo, que também é membro do comitê.A maior parte das novidades contidas na nomenclatura diz respeito às artérias cerebrais e à descrição minuciosa do sistema nervoso. Há detalhes importantes. "A tomografia exige que conheçamos cada artéria do cérebro, e isso passou a ser muito valioso para os neurocirurgiões", explica Prates. Graças às pesquisas do doutor DiDio, o fígado passou a ter oito segmentos identificados. Antes eram quatro. "Isso permite que um único doador possa fornecer fígado para o transplante em oito crianças", diz DiDio, atualmente na direção da Universidade de Santo Amaro.PATRIOTISMO - A lista de novos nomes também tem a preocupação de acabar com os epônimos, termos que levam o nome do cientista que primeiro descreveu o órgão.Alguns desses termos contêm incorreções históricas. Antes de Eustáquio descrever a tuba auditiva, no século XVI, por exemplo, os gregos já a conheciam 400 anos antes de Cristo. Muitos epônimos só sobrevivem em função de patriotadas teimosas. É o caso do ligamento inguinal, que fica na virilha. Ele é chamado de ligamento de Falópio pelos italianos conterrâneos de Falópio e de ligamento de Poupart pelos franceses. Os cientistas também pretendem promover algumas mudanças no vocabulário que podem tornar-se curiosas. Em português, costuma-se falar de sistema digestivo, de órgãos olfativo e gustativo. Mas o correto é a terminação ório, que significa onde se dá determinado fato. Assim, eles querem que se passe a falar em sistema digestório e órgãos olfatório e gustatório.O problema dos anatomistas é que ninguém muda nada por decreto. O nome pomo-de-adão, por exemplo, traz uma referência bíblica, sugerindo que a maçã do pecado original ficou engasgada no primeiro homem. Tendão de Aquiles remete a um mito do tempo de Homem, quando nem existiam registros escritos. Além disso, são nomes que para os leigos fazem muito mais sentido do que proeminência laríngea ou tendão calcâneo. Mas os anatomistas não estão interessados na tradição ou na simplicidade. A questão para eles é a precisão científica e a universalização. A favor desta última, eles têm o desejo das publicações médicas internacionais de que haja uma padronização e a promessa de que elas passarão a só publicar trabalhos que utilizem o novo padrão. A pressão surtirá efeito nos meios acadêmicos. Mesmo assim, ainda devem passar muitos anos até que os jogadores de futebol chamem a rótula de seus joelhos de patela.

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